São Miguel dos Campos, AL – Uma reviravolta surpreendente marcou o caso do assassinato do empresário Roberto Portela, com a soltura do jovem Wagner, que havia sido preso como principal suspeito. A decisão da Justiça foi baseada em novas evidências apresentadas pela defesa, que apontam para a impossibilidade de Wagner ter cometido o crime, de acordo com a dinâmica dos fatos.

Em entrevista exclusiva ao Alagoas NTTv, os advogados de defesa, Dr. Rafael e Dra. Carla, detalharam os pontos cruciais que levaram à revogação da prisão temporária de Wagner.

"Desde o início, pontuamos a questão dos 4 minutos e a dinâmica quase impossível do crime", afirmou Dr. Rafael. "O fato novo crucial foi a comunicação do empresário com um advogado após a saída de Wagner da residência. Imagens mostram que, às 18h15, Roberto Portela ainda estava em contato com o advogado, o que torna impossível que Wagner, que deixou o local às 18h32, fosse o autor do crime."

Dra. Carla, que também acompanhou o caso de perto em São Miguel dos Campos, lamentou a morte do empresário, figura querida na cidade. "Lamentamos a morte de Roberto Portela, uma pessoa muito bem relacionada na sociedade miguelense. No entanto, aplicamos técnicas de investigação defensiva e percebemos que seria impossível Wagner ter cometido o homicídio", explicou a advogada.

Cronologia e Contradições:

A defesa ressaltou que a polícia ainda não determinou o horário exato do crime, sabendo-se apenas que ocorreu entre a noite do dia 2 e a manhã do dia 3 de abril. Wagner foi preso na tarde do dia 3, permanecendo detido até o dia 9.

"Wagner enfrentará o julgamento da sociedade e várias fake news", alertou Dra. Carla. "Mas ficou demonstrado que foi descartada a hipótese de ele ser o autor do homicídio. Após a saída de Wagner da casa da vítima, Roberto Portela continuou a conversar com um advogado que fazia assessoria dos seus negócios. Esse fato foi trazido à delegacia, e a vítima manteve esse diálogo por volta das 18h15."

Apelo Contra Fake News:

Os advogados fizeram um apelo à sociedade para que evitem a disseminação de fake news e represálias contra Wagner, uma vez que sua inocência foi demonstrada neste momento preliminar das investigações.

Emocionado, Wagner expressou alívio com a soltura: "É difícil ficar preso quando você sabe que não cometeu nenhum crime. É muita pressão, sem dever nada."

A polícia continua investigando o caso para identificar o autor do crime. O Alagoas NTTv seguirá acompanhando o caso e trará novas informações em breve.